O post foi sobre amizade, né? Imprenscindível nesses momentos.
Desde pequena entrava em desespero só de pensar que alguém próximo a mim poderia morrer. Abria o berrero e dizia, com a inocência de uma criança e a esperança de um adulto, "Não queeerooo".
Devo confessar que ver alguém partir, sim eu acredito que eles vão viver em outro lugar, de uma maneira tranquila e 'natural', foi aceitável.
Dificil demais saber que não teremos mais aquele abraço gostoso, os conselhos, as histórias, o amor, as broncas, as brigas...é incrível como tudo faz falta!
Meu pai era um cara com muitas histórias. Teve um aniversário meu onde passamos a noite conversando sobre as aventuras dele e de minha mãe em Humaítá. Tinha sempre diversas histórias das viagens, aventuras e aprendizados em suas aulas, amigos e muito mais...
Ele sempre estava contando algo, lembrando e fazendo todos rirem.
Me lembro uma vez que fui numa república de veteranos da Veterinária da FMVZ de Botucatu, e quando souberam que eu era a filha caçula do Prof. Dr Enio Bandarra, eles me contaram que todos MORRIAM de medo das provas dele. Disseram que existia a "Síndrome Bandarra", e que dava dor de barriga em todo mundo pré-prova do papis.
Sobre a lua de mel dele e da mamis...saíram de fusqueta de Botucatu sentido Sul...
E assim vai...ficaria aqui horas, horas e horas contando. Mas prefiro fazer isso aos poucos.
Sabe, meu outro medo (como a gente é cheia de medo, né? credoo) era esquecer seus conselhos, seus ensinamentos...mas não, o que acontece é o contrário. A todo o momento lembro dele, em todas as conversas. Incrível!
E não me lembro com tristeza, me lembro com orgulho. E é assim que tem que ser, temos que lembrar das coisas boas. A despedida aconteceu já, agora é me lembrar de tudo o que ele plantou de bom e colher em nome dele e por nós, é claro!
Saudades...hoje eu sei MESMO o significado disso!
ps: uma das minhas fotos preferidas!
Beijos
Paulinha....
